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1) Alternativa: A

 

2.

a) Lianor fora atacada por um padre. A crítica se dirige a uma parte do clero que não segue os preceitos pregados pela Igreja Católica.

b) Um Ermitão, que se percebe ser um antigo pretendente de Inês.

 

3.

a) Em O Auto da Barca do Inferno, a expressão verbal das personagens sempre indicia o lugar social dos falantes. No excerto ocorre, em particular, uma paródia da linguagem da sedução, pois Brísida adota com o Anjo o estilo afetado que empregava no processo de desencaminhamento de “meninas”.

b) O tratamento que Brísida dispensa ao Anjo é inadequado para a obtenção do céu, porque, em vez de ocultar a essência de sua profissão para merecê-lo, ela evidencia os mecanismos retóricos por meio dos quais mediava encontros entre padres lascivos e moças ingênuas. Ao enfatizar sua relação com o clero, Brísida supõe que o Anjo também seja adepto da luxúria. Como ele representa a moralidade proposta pela peça, não lhe dará lugar em sua barca.

 

4.

a) O trecho é: “asno que me leve quero”. O verso está antecipando a cena final em que Pero Marques carrega Inês em seus ombros durante a travessia de um rio. Na verdade, o marido está levando a esposa a um encontro adúltero. Assim, Pero é duplamente “asno”: por levar Inês em suas costas e por ser por ela enganado.

b) O primeiro marido de Inês a proibia de sair de casa, até mesmo para ir à igreja. Já Pero Marques, em sua fala, revela a liberdade que dará à sua esposa.

c) Pois critica um aspecto do comportamento da sociedade portuguesa, mais particularmente o fato de se abandonar ‘princípios’ em nome de uma “vida folgada”.

 

5.

a) O cavaleiro repreende o Diabo porque este ousou dirigir-lhe a palavra. Pela lógica da peça, os cavaleiros, pertencendo à categoria do Bem, não poderiam ser interpelados pelo símbolo do Mal. O estranhamento do

Diabo diante dos cavaleiros contrasta com a familiaridade com que ele recebia as almas pecadoras que entraram na Barca do Inferno.

b) Os Cavaleiros morreram em batalha de Guerra Santa, defendendo a palavra de Cristo em região dominada pelos árabes.

c) A atitude dos Cavaleiros explica-se pela certeza de sua própria salvação, já que morreram defendendo a palavra de Cristo.

 

 

6.

a) O desconsolo do Velho deve -se à paixão não correspondida por uma jovem moça, por quem acaba perdendo a cabeça e os bens, ludibriado por uma alcoviteira que prometeu interceder a seu favor junto à moça. Essa paixão é o objeto da sátira e da crítica moralizante do auto.

b) Os açoites recebidos por Branca Gil são o castigo pelo crime de lenocínio, alcovitice e ludibrio. A personagem em questão é a alcoviteira que promete interceder a favor do Velho na conquista da moça por quem ele se mostra apaixonado. Na verdade, sua intenção é apenas a de ludibriar o Velho, extorquindo-lhe dinheiro e bens com a promessa de que conseguirá fazer com que a moça se apaixone por ele.

c) A contradição diz respeito ao fato de que, embora aprisionada e castigada em público, Branca Gil “leva tão bom coração” (isto é, “caminha tão corajosa”), “como se fosse em folia”. Essa atitude se justifica, em parte, pelo fato de não ser a primeira vez que a prisão e o castigo ocorrem. A personagem já se ‘habituou’ a isso. O castigo já se tornou rotina da personagem, que há muito vive na contravenção. Como ela mesma diz ao Alcaide que a prende, na cena anterior à do excerto acima: “Nunca havedes de acabar / de me prender e soltar? Não há poder ... [...] Está já a corocha aviada. /Três vezes fui já açoutada, / e enfim hei de viver”.A atitude de Branca Gil está indicada também no tipo de capuz que lhe colocam no momento em que é presa. Gil Vicente utiliza um termo ambíguo que nos permite ver, de um lado, a identificação que era imposta às alcoviteiras e,

de outro lado, o seu uso como uma espécie de adorno

festivo, próprio das noivas.

 

7) Alternativa:  E

 

8) Alternativa:  B

 

9) Alternativa:  C

 

10) Alternativa: A

Gabarito

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